Todo mundo tem comentado comigo que adorou o filme, que ele é leve, divertido.
Mas eu não gostei.
Achei tão morninho. Um romance alternativo americaninho qualquer é a mesma coisa.
Adoro Woody Allen mas, apesar da linda fotografia, apesar dos lindos travellings a la Hitchcock, apesar do lindo elenco, apesar do Javier Bardem, aí, aií....apesar de Gaudí, apesar de Miró, apesar das lindas locações, e apesar da ótima trilha sonora e do violão de Pacco de Lucia, o filme não decola.
Onde esta o bom e velho humor irônico de Allen?
Onde esta a tragicomédia?
O filme não tem punch, o rítmo engasga; peguei-me olhando no relógio vários momentos.
Onde está o bom roteiro dos tão ótimos “Match Point, “O sonho de Cassandra”, “Tudo o que você queria sabe sobre sexo mas tinha medo de perguntar”; os amores de “Hanna e suas imrãs”? Onde esta a ironia judaica? Onde esta o meu esborrachar-me de rir ? Onde esta a trama inteligente e rápida?
Allen, ficou comum; até o central triângulo amoroso torna-se morno apesar do sex appeal de Barden e Cruz.
O beijo “gay’ que acontece entre Cruz e aquela loira sem graça- que acha que é a reeencarnação da Marylin Monroe- a tal da Scarlett (que não tem um décimo da força da mesma personagem de "O vento Levou..."), é uma vergonha de dar dó....aliás, Allen, deve ser por isso que ela é sua nova atriz-ícone, é gelada que só ela! E ainda por cima anda com os pés virados para dentro, prestem atenção quando Allen foca em seu andar...tadinha nem as botinhas ortopédicas a moça usou...
Bom, voltando do meu devaneio,,,,
Almodóvar já fimou isto tão melhor. Allen deve deter-se à Inglaterra, seu filme em solo espanhol não tem nada de caliente. Penelope Cruz é uma péssima histérica que até Freud riria.
Deveria ser Vicky Cristina, Londres.
O Fog lhe combinaria melhor.
Deixem Bardem e Cruz nas mãos de Almodóvar e dos irmãos Cohen que estes os sabem aproveitar.
Allen não tem ginga, não sabe bailar o flamenco
Ou coma muita paella!