segunda-feira, 26 de maio de 2008

Chicote, teias de aranha, caveiras e muito rítmo.



Um cão sai da pradaria ao som de Hound Dog, de Elvis Presley. Indiana Jones é agora um senhor de meia-idade ( e que senhorrrr Mon Dieu!!!), que não abandonou seu chápeu, chicote e a boa e velha roupa surrada de poeira de arqueólogo. Ele já foi em busca de uma arca desaparecida que concedia poderes fantásticos, cruzou desertos e enfrentou agentes nazistas que atravessam seu caminho(Os Caçadores da Arca Perdida, 1981).Depois libertou uma aldeia de um culto que fazia sacrifícios humanos e escravizava crianças(Indiana Jones e o Templo da Perdição, 1984). Partiu em busca do Santo Graal e mais uma vez encontrou pelo caminho o exército nazista, em busca da mesma relíquia; filme em que o excelente Sean Connery vive seu pai, Indiana Jones e a Última Cruzada (1989); e agora, por fim em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal(2008), a nova aventura começa no deserto em 1957 - o auge da Guerra Fria. Indy (Harrison Ford) e seu ajudante escaparam por pouco de um encontro com nefastos agentes soviéticos em um campo de pouso remoto. As cenas de ação são muito boas como sempre; há uma de perseguição em uma moto Harley- Davidson da época que é fantásticamente frenética e hilária. A música, de John Williams coloca todo mundo a cantar a velha e boa canção tema do filme. Muitas caveiras, escorpiões, algumas cobras, templos, ruínas, teias de aranha. Os comunistas agora andam à caça de Indi, e a vilã do momento vivida por Cate Blanchett esta divina,é Irina Spalko, o braço direito de Lênin, com suas calças de montaria cáqui e seu cabelinho preto à la anos 20 e aquele fantástico sotaque russo. A atmosfera é a dos enlouquecidos e findos anos 50, muito topete invocando o ícone James Dean. Há uma cena divina e ao mesmo tempo amedrontadora de uma cidade e seus habitantes estilhaçados por um teste de bomba atômica.
O filme é entretenimento do melhor nível, as tomadas e a edição articulam-se num ritmo incansávele. Spielberg é Spielberg, não há o que falar.
As vezes um bom filme de ação é ótimo para nos dar ânimo e sacudir a poeira.
Deixemos Wim Wenders, Antonioni e Bergman para outros momentos.




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