quinta-feira, 17 de abril de 2008

Editing Life


De tempos em tempos eu vou editando a vida. Mando às favas umas pessoas que entraram, passaram e sem eu ao menos me dar conta já deixaram de existir em mim. Pois é, da uma preguiça de querer guardar todo mundo dentro da gente.Ai, ai.... E as coisas então: toda semana sempre coloco papéis e roupas no lixo ou saio distribuindo por ai. Esta estética da acumulação não tá com nada. Aliás, para que consumir tantas coisas, o ultimo modelo do IPOD (eu nunca tive um, aliás), o IPHONE, a roupa tal, a calcinha X, o sapato Y??....na verdade são as coisas que nos consomem e ficamos reféns delas. E de vez em quando nos surpreendem quando encontramos elas jogadas por aí ou quando desabam nas nossas cabeças. As únicas coisas que guardo e sou ciumenta são meus livros. Aliás, estas não consideram coisas....são maiores do que isto. Até das minhas "histórias de amor" já me desfiz. Aliás, to editando o Amor ,ele mesmo, até. Tô achando o AMOR uma coisa muito da brega. Eu hein !
To com uma frase na cabeça: "Da vida nada se leva"; tomo esta do filme de Frank Capra e de meus queridos amigos designers da "Nada de Leva"(que, aliás, ontem deram uma 'palestra' arretada de boa lá na Gragnani num projeto que coordeno).
Afinal, o que levamos da vida? Quem levamos? Creio que, nem a nós próprios. Passamos toda ela acumulando conhecimento, lendo, riscando, arquivando, confabulando; uns guardam dinheiro(ainda não aprendi esta fantástica manobra; alias, desaprendi, quando ganhava menos, guardava mais...).Por isso me pergunto se a vida deve ser levada tão a sério, sempre.
Devia ter mandado mais gente à merda, ter dito mais nãos.
Afinal, não tem uma coisa certa, uma forma certa de viver as coisas; porque tentar se igualar aos outros nessa loucura da sociedade? Em que todos buscam ter sucesso e ambicionam coisas materiais. EU, cada vez mais, tenho mais preguiça de ter mais e percebo que um dia, que talvez não demore muito, mande tudo às favas e vá morar na árvore, encontrar uma Xita e quem sabe até um Tarzã. Por que afinal, se pendurar de galho em galho é o que vale na vida ainda né??? Porque depois, afinal, tudo se resume em: do pó ao pó.
Haha
* Nossa como estou cética hoje!

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