segunda-feira, 14 de abril de 2008

À la recherche du temps perdu


A vida pode ser simples. Nada como sentir a salmoura do mar no corpo,deixar esta ser absorvida pelo sol ao secar num deque de madeira; nadar, ver estrelas do mar, peixes-agulha,coqueiros, palmeiras, limoeiros; gaviões mergulhando e voltando do mar com suas presas, aranhas fazendo tramas no açúcar que pinga da caipirinha;deixar o lápis pastel deslizar pelas montanhas que conversam, no papel, com o mar; besuntar-me de proteror solar; afinal já passei há tempos da adolescência e o suficiente de sol tomei; troquei o "Rayito de Sol" pelo creme FPS 60!
Menos pode ser mais; muitas "
congestões" de tanto rir com os bons amigos, engolir água do mar, tomar uma ducha gelada e esquentar-me ao sol; cortar a sola do pé ao pisar na ostra.... nadar com o cão que é um fiel companheiro desde à praia até a bóia na ponta da ilha; ficar dois dias com quase nenhuma roupa e nenhum sapato;ir correndo para o chalé pois o gerador vai desligar-se (tenho que escovar os dentes ainda!) , ler na cama à luz de vela;comer sanduíche na estrada e suco de laranja e, de sobremesa a deliciosa bananinha cascão. O ar puro fresco com cheiro de maresia. O odor da chuva caindo no mato, o robalo, o pudim, o pavê de abacaxi, o risoto de camarão, as caipirinhas, o pé de pato e a máscara de mergulhar;
Ir com o
Philip Roth e voltar com o Proust. Ir à procura de um eixo e voltar encontrada comigo mesma. Ir esbaforida, sem tempo e lá, reencontrá-lo.
Obirgada natureza, obrigada amigos.

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