segunda-feira, 7 de abril de 2008

Nowhere Land


Sometimes lovers

Sometives friends


A vida tem sido assim ultimamente, no big deal; poucas moedas no bolso e poucos amores pulsando na veia. Anseio por transformações. Ando meia 'desligada'.....com preguiça de mim mesma, longos silêncios comigo mesma e mais preguiça ainda de conhecer 'gente nova e me fazer 'ser conhecida'....acho que fui entendida ??
Por onde andam as pessoas que gostam de achar tesouros, escarafunchar na ruas, nos supermercados, nos faróis, na padaria, por outras? Encontros acidentais só tem acontecido com o porteiro do prédio, o
faxineiro do outro que encontro lavando a rua enquanto me inclino para catar 'a sujeira' de meu cão produz nas ruas fétidas paulistanas...o frentista do posto de gasolina enquanto enche o tanque de minha scooter ou calibra o pneu, me conta de sua vida, da mulher do shopping que paquera.
Mas estas são sempre afinal, as pessoas que valem, os
papos que enriquecem e engrandecem, palavras descontraídas travadas com pessoas ainda mais desconhecidas entre a correria de uma aula e o hiato de outra. São as pessoas que não sabemos quem são, que esbarramos e nem olhamos na cara para pedir desculpas; mas são afinal, "gente como a gente".
Aquelas que conheço e são amigas de longa data, delas quero férias no momento. Estou curtindo, pelo momento, os
anônimos, os não-amigos, os não-familiares....
Será alergia?? Ou alegria mesmo??
Compartilho com elas, suas verdades simples, estes seres não são mais
invisíveis; não mais transpasso por eles. Quero sentir seus mundos, conhecer a vida (que parece mais simples que a minha, serena, sem problemas); deslocar-me de mim mesma. Como diz a música dos Beatles interesso-me atualmente pelo 'nowhere man', que ainda esta, diz é ele , mas somos nós, também.
Dêem-me seus mundos, suas rotinas, suas verdades, seus
fluíres. Quero poder ler este mundo, mas no cotidiano, não mais apenas nos livros.
Agora vou dormir e ler,
Philip Roth e seu "Complexo de Portnoy" me esperam. Leio esquentando meu pé na pelagem macia do Chico. Meu companheiro fiel e silecios0 (mentira, ele late muito) de já duradouros seis anos.
Fico aqui fazendo meus
nowhere plans for no one.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sou uma balzaquiana da América do Sul.

hummmm Balzaquiana...ótimo.

marcio disse...

Já que gosta do Roth, leia também "The Dying Animal" e "Everyman". E conte-me suas impressões depois...